Quando a maioria das pessoas pensa na indústria adulta, provavelmente vêm à mente imagens de luxo, carros velozes e uma vida glamorosa. Mas por trás da fachada brilhante esconde-se uma realidade que é muitas vezes caracterizada pela discriminação, preconceito e estigmatização. Esta postagem do blog destaca os desafios enfrentados pelos trabalhadores
temos que enfrentar todos os dias nesta indústria.
Discriminação no trabalho e na vida cotidiana
Os trabalhadores da indústria adulta – seja no trabalho sexual, na pornografia, nos artistas de webcam ou em outras áreas – sofrem discriminação regularmente. Isto vai desde comentários depreciativos até desvantagens estruturais, como a exclusão de determinados serviços. Muitos bancos se recusam a aceitar trabalhadores adultos
Contas ou empréstimos, companhias de seguros podem negar apólices e até mesmo serviços básicos de saúde podem ser negados.
Um exemplo particularmente impressionante é o caso de Zara, uma trabalhadora do sexo de Berlim. Quando Zara tentou alugar um apartamento, o proprietário recusou, dizendo que não queria “pessoas desta indústria” em sua casa. Apesar da renda comprovada e das boas referências, foi rejeitada apenas por causa da profissão. Infelizmente, essas histórias não são incomuns.
Preconceitos na sociedade
A sociedade muitas vezes tem uma imagem distorcida da indústria adulta. Muitos vêem os trabalhadores
como vítimas ou pessoas sem outras opções. Estes estereótipos não são apenas errados, mas também perigosos porque silenciam as vozes das pessoas afectadas e restringem ainda mais os seus direitos.
Veja o exemplo de Mia Khalifa, que se tornou uma crítica conhecida na indústria após sua curta carreira no pornô. Mia compartilhou suas experiências de cyberbullying contínuo, estigma e a dificuldade de viver uma vida “normal” depois de deixar a indústria. A sua história mostra que a condenação social muitas vezes não termina quando o trabalho termina.
Proteção legal e aceitação social
Em muitos países, os trabalhadores adultos da indústria carecem de proteções legais básicas. Na Alemanha, por exemplo, a Lei de Protecção das Prostitutas foi introduzida para melhorar as condições dos trabalhadores do sexo, mas a realidade mostra que estas leis muitas vezes ignoram as necessidades das pessoas afectadas ou até pioram a sua situação. Uma razão para isto é que as leis são muitas vezes feitas sem a contribuição daqueles que mais afectam.
A mudança real só pode acontecer quando nos concentramos nas pessoas que importam. Organizações como a Associação Profissional de Serviços Eróticos e Sexuais (BesD) defendem os direitos e o bem-estar dos trabalhadores do sexo e apelam a uma legislação desestigmatizante e realista.
A necessidade de uma mudança de perspectiva
É hora de mudar a forma como vemos a indústria adulta. As pessoas que trabalham nesta indústria não são menos dignas do que qualquer outra pessoa. Você tem direito ao respeito, segurança e reconhecimento pelo seu trabalho. Cada um de nós pode contribuir desafiando os nossos preconceitos, abstendo-nos de comentários discriminatórios e defendendo os direitos de todos os trabalhadores
tornar forte.
Porque, no final das contas, são as histórias e experiências das pessoas afetadas que contam. Vamos deixá-los dar a sua opinião e ouvi-los.